sábado, 23 de fevereiro de 2013

Suzuki-Conceito V-Strom 1000 Caminho de volta


Depois de subir no telhado, saindo de linha, a grandalhona volta modernizada e com visual diferente, quadro de alumínio e recursos eletrônicos para longas viagens
Téo Mascarenhas
Estado Minas


Suzuki-Conceito V-Strom 1000

A Suzuki, representada no Brasil pela J. Toledo, vem perdendo mercado sistematicamente pela defasagem de seus modelos, gerada pela escassez de lançamentos. A própria rede de concessionárias sentiu o golpe e encolheu. Para tentar inverter o processo e recuperar o espaço perdido para a concorrência, prepara a renovação de sua linha com uma série de novos modelos já disponíveis em outras praças e os que ainda nem foram lançados oficialmente. Esse é o caso do novo modelo V-Strom 1000, completamente renovado, tanto na parte técnica quanto no visual, e apresentado ainda como conceito no fim do ano passado.

A Suzuki V-Strom 1000 já foi vendida no Brasil, mas subiu no telhado (ou descontinuada, como preferem pomposamente as montadoras), para reaparecer agora totalmente modernizada. Assim como a versão antiga, o novo modelo também vai desembarcar em nosso mercado, fazendo o caminho de volta, embora ainda sem data e preços definidos. A versão definitiva não vai diferir muito do modelo apresentado como conceito, mas praticamente pronto e acabado, inclusive com a possibilidade de incorporação de vários acessórios e malas para viagens, reforçando o caráter aventureiro do modelo, classificado como big trail.

Família A Suzuki V-Strom 1000 foi lançada mundialmente em 2002, equipada com motor de dois cilindros em V herdado da finada esportiva TL 1000. Dois anos depois, foi a vez da “irmã” menor V-Strom 650 também ser lançada mundialmente, para aportar oficialmente no Brasil em 2009, onde permanece em linha aguardando a volta da “irmã” maior. O interessante é que a Suzuki foi buscar inspiração no passado para lançar a nova V-Strom 1000. O desenho é baseado no modelo DR 750S de 1988, que curiosamente tinha um para-lamas dianteiro estilo bico de pato, ousado para a época e agora adotado por nove entre 10 big trails.



Bolsas laterais e a central são opcionais para os viajantes

A nova V-Strom 1000 não foge dessa linha. Adota o visual bico de pato com autoridade do pioneirismo da “antepassada”, mas suaviza as formas dentro das tendências atuais. Além disso, incorpora recursos da eletrônica embarcada para facilitar a pilotagem em condições adversas de quem não escolhe caminho para grandes viagens. O novo modelo conta com o controle de tração. No quesito segurança, os freios (duplo disco na dianteira), com o sistema antibloqueio ABS são de série. Para melhorar o conforto e a performance aerodinâmica em grandes jornadas, a bolha do para brisas e a altura do banco podem ser ajustadas às características do piloto.

Como a proposta da nova motocicleta é a versatilidade para rodar tanto nas cidades quanto nas estradas com qualquer tipo de piso, há uma série de acessórios à venda, como bolsas laterais de fácil encaixe para levar para o hotel, por exemplo, além de bolsa central, possibilidade de acoplamento de GPS etc. As rodas são de liga leve, apontando uma tendência mais estradeira do que fora de estrada pesado. A suspensão dianteira é do tipo invertida, enquanto a traseira é do tipo mono. Ambas plenamente ajustáveis para as condições de utilização e peso. O guidão conta com os protetores de mão e o motor com protetor inferior.

O motor continua com dois cilindros em V, injeção eletrônica e refrigeração líquida, mas foi completamente modernizado. O quadro também é outro, com dupla viga em alumínio. O painel mistura elementos analógicos (conta-giros), e tela digital. Além da nova V-Strom 1000, ainda sem data definida, a Suzuki vai lançar no mercado nacional a GW 250, também chamada de Inazuma (relâmpago em japonês); uma street com dois cilindros em linha e visual inspirado na gigante B-King 1300; a Gladius 650, lançada em 2008 com motor de dois cilindros em V a 90 graus, comercializada na Colômbia; uma pequena utilitária popular com motor um cilindro carburada com 113 cm³ baseada na AX4 110, também comercializada na Colômbia, e a GSR 750, com motor “amansado” de quatro cilindros em linha herdado da esportiva GSX-R 750.



O para-brisa e o banco são ajustáveis em altura

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