terça-feira, 7 de maio de 2013

Projeto Rumo ao Meio Século...

Projeto Rumo ao Meio Século. Um grupo selecionado de amigos e motociclistas, nesta ordem, começando antecipadamente as comemorações dos 50 anos de cada um. Como? Um passeio anual, bem organizado e de moto até que o último do grupo complete os seus 50 anos.
Simples assim.... amizade como suporte e as motos como ligação dos sonhos.
Primeira lembrança...





quarta-feira, 24 de abril de 2013

Esquecer de cuidar da moto significa se arriscar em duas rodas


Manutenção preventiva do veículo é fundamental para a segurança.
Confira dicas do colunista Roberto Agresti para checar itens mecânicos.

Roberto Agresti Especial para o G1

Cuidados mecânicos com as motos (Foto: Gustavo Epifanio/Rafael Munhoz/Caio Kenji/G1)Cuidados mecânicos com as motos (Foto: Gustavo
Epifanio/Rafael Munhoz/Caio Kenji/G1)
Prevenir é melhor do que remediar. Mais do que um provérbio, esta é uma atitude que deve nortear a vida do motociclista. Na pilotagem, prever o que pode ocorrer à frente é preceito básico, mas a manutenção preventiva é uma exigência para qualquer motociclista que deseje cuidar de seu veículo e também de sua integridade física.
O que pode fazer um cidadão que optou pelo guidão e que nem por isso deseja se tornar um expert em manutenção para evitar problemas? Capacidade de observação e, claro, muito bom senso, é a resposta. Abaixo você encontrará algumas orientações para a tarefa de deixar a sua moto em dia.
1) Pneus
Um bom começo para evitar problemas é aprender a observar os pneus. Veículos de duas rodas dependem de movimento para alcançar equilíbrio, além disso tem área de contato com o solo mínima – equivalente ao tamanho de um cartão de crédito. Isso dá aos pneus brutal importância.
A rotina de observação diária não alterará o desgaste da banda de rodagem, porém pode detectar anomalias como bolhas, deformações ou o mais comum, simples e muito perigoso pneu murcho.
Verificar semanalmente a pressão dos pneus assim como respeitar os valores recomendados pela fábrica é fundamental. E tão importante quanto a verificação frequente da pressão dos pneus é treinar o olho para identificar um pneu “murchinho” como aquela laranja que rolou para trás da geladeira há mais de um mês.
Pneus inflados incorretamente causam evidentes problemas de dirigibilidade: o guidão fica pesado, as respostas às mudanças de direção são estranhas, furos e rasgos ocorrem com mais facilidade e, em casos extremos, o pneu pode sair do aro com imprevisíveis consequências, todas ruins. Se cheio demais, o pneu não “copia” os defeitos da pista, transmitindo irregularidades do solo às mãos de maneira desconfortável e prejudicando a estabilidade do veículo.
2) Correntes e transmissão
O hábito de olhar frequentemente os pneus favorece um vizinho importante, o sistema de transmissão. A maioria das motos se vale de corrente para levar a força do motor para a roda traseira. Esse elemento mecânico de ligação precisa de carinho, quase como se fosse um bicho de estimação: lubrificação semanal, ou no mínimo quinzenal, ajuda a alongar a vida útil, não apenas da corrente, mas também de seus parceiros, o pinhão (a engrenagenzinha que você não vê, perto do motor) e a coroa (a engrenagenzona, que você vê, acoplada à roda).
Corrente seca, sem lubrificação, dura pouco, corrói o pinhão e coroa por atrito e, pior de tudo, está mais sujeita ao rompimento. E se isso acontecer, na melhor das hipóteses a moto simplesmente correrá solta como se estivesse em um eterno ponto morto, até parar. E na pior das hipóteses? A corrente quebrada pode enroscar na roda traseira e travá-la. Imagine isso em velocidade, no meio de uma manada de carros, ônibus e caminhões? Ruim demais... E há ainda uma terceira hipótese, péssima: a “chicotada” no motor que a vingativa corrente dá quando se rompe, quebrando o metal da área circunstante ao pinhão.
Tal estrago poderá inundar de óleo instantaneamente o pneu traseiro e, dependendo da extensão do dano, decretar um gasto grande, ou até mesmo a morte do motor. Perda total...
Também o clima e o tipo de uso dado à moto influenciam o ritmo de manutenção da transmissão. Em época chuvosa ela deve ocorrer com frequência quase diária, assim como quando se roda em estradas de terra, areia ou, pior ainda, na lama.
Há lubrificantes específicos para corrente, mas, para quem queira e/ou precise fazer economia, o bom e velho óleo de motor usado servirá, desde que aplicado com parcimônia - de modo a não causar um desastre ecológico em nosso meio ambiente.
3) Freios
Outro ponto nevrálgico em termos de manutenção é o sistema de frenagem. Hoje boa parte das motos é equipada com discos de freio ao menos na dianteira e, por conta do funcionamento de freios estar baseado em atrito, desgaste haverá não só nas pastilhas, mas também no disco. A análise visual também é adequada neste caso. Pastilhas de freio não são fáceis de avaliar quanto ao desgaste pois ficam escondidinhas. Mas no disco fica mais aparente. Riscos ou raias profundas são indicadores de vida útil terminal.
Já as pastilhas em fim de carreira por vezes “entregam“ seu mau estado não apenas via perda de eficiência e a alavanca de freio com curso maior, mas também pelo ruído anormal quando acionamos o freio. Neste caso, mais do que o olhar, é a audição é que ajuda. Mas, atenção, pois quando a superfície de atrito acaba, é o metal da pastilha que entra em contato com metal do disco e... o barulho de ferro com ferro só não é pior que o dano no bolso, já que um disco riscado em excesso deve ser trocado, sem choro nem vela.
Com relação ao sistema de freio a tambor, além da atenção quanto à eficiência e baixa acentuada da alavanca ou pedal, há que se observar os pequenos indicadores de desgaste que, por meio de uma seta metálica que aponta para uma pequena escala, anunciam quanto de vida útil resta. E vale o mesmo discurso que para o disco: metal em atrito com metal é prejuízo certo. Ou seja, olho (e ouvido) vivo é preciso...
Honda CB 300R no mecânico (Foto: Rafael Miotto/G1)Qualquer dúvida, leve a moto ao mecânico
(Foto: Rafael Miotto/G1)
4) Ruídos e outros 'sinais'
Mas não é só de cuidados com pneus, transmissão e freios que é feita uma boa manutenção. A alma de uma motocicleta, ou seja, o motor, é algo que "fala" claramente se as coisas vão bem, mais ou menos, ou mal. A simples perda de potência ou ruídos, fora o natural rugido do escape, não são muito bem-vindos.
Ruídos mecânicos são naturais em qualquer motor, mas é importante prestar atenção a barulhos que aumentam e variam, intermitentes ou contínuos que sejam. O bom senso também é senhor desta situação e, em caso de um barulho que fica cada vez mais forte, desligar o motor e esperar que esfrie ao menos por 15 minutos pode ser revelador.
O desaparecimento (ou diminuição) do ruído na sequência não é uma notícia boa, mas apenas a comprovação de que algo não vai bem, e que certamente tem relação com a temperatura de funcionamento. Caso o barulhão ainda esteja lá, igualzinho, aí sim, é melhor não insistir. Desligar o motor e levar a moto ao mecânico é a atitude correta.
De certo modo esse procedimento de atenção à mudanças também vale para o comportamento de comandos como acelerador, embreagem e câmbio: endureceu, amoleceu, ficou diferente? Qualquer variação merece investigação. Às vezes pode ser uma bobagenzinha, lubrificação e/ou ajuste, mas às vezes é prenúncio de um problema maior.
5) Óleo
Por incrível que pareça um alto índice de problemas sérios nos motores ocorre pelo desleixo com uma das mais básicas operações: a troca de óleo. Muito esquecem deste “detalhe” não seguindo à risca a indicação do fabricante nem quanto à frequência nem no que diz respeito ao tipo de lubrificante. Pensando bem, óleo é barato se comparado ao potencial estrago que  pode causar óleo velho ou em quantidade insuficiente no cárter do motor. Além disso, a varetinha que indica o nível está lá para ser usada, certo?
Bateria moto (Foto: Rafael Miotto/G1)É preciso ter cuidado com a bateria
(Foto: Rafael Miotto/G1)
6) Bateria
Outro líquido importante é a água destilada necessária ao bom funcionamento da bateria: controlar o nível é uma operação chatinha, mas fundamental para aumentar a vida útil do componente. Felizmente, boa parte das motos atuais tem baterias do tipo selado, que não exigem manutenção e, neste caso, basta cuidar para que não ocorra um “acidente”: o mais comum é deixar a chave de contato na posição “on” ao estacionar na garagem.
Outro pecado é abusar da buzina, ou acionar por longo tempo o botão de partida. Se ligar o motor é algo que, de um momento ao outro ficou difícil, é necessário buscar o problema antes de sobrecarregar a bateria e o sistema de partida.
E o famoso “ligar a moto no tranco”, pode ou não pode? A ação não é nada recomendável mas, em caso de emergência, é necessário ter em mente que, se a bateria efetivamente morreu (nenhuma luz acende no painel, nem fraquinha que seja) não será o tranco que vai ser capaz de “acordar” o motor.
Outro problema de ligar o motor no tranco é o risco de encharcar o catalisador de combustível, peça cara que deverá ser trocada caso isso aconteça. Outra contra-indicação é a hipótese de ocorrer calço hidráulico, que pode acometer (raramente, é certo) motores dotados de carburador que “vaza” combustível para a câmara de combustão, enchendo-a de líquido. E se isso acontecer, na hora do “tranco” a biela costuma ir para o espaço. Grave...
7) Combustível
Por fim, uma última palavra merece o tema “combustível”: rodar com pouca gasolina ou, pior ainda, deixar o motor apagar por pane seca pode ser muito prejudicial ao motor. Por melhor que seja o combustível, sempre existirão resíduos no tanque, partículas de indesejável sujeira que normalmente ficam depositadas no fundo do reservatório.
O tanque “no osso” torna grande a probabilidade deste lixo ir parar dentro do delicado sistema alimentação, e se isso ocorrer, entupimento parcial gerando falhas no funcionamento é o menor dos problemas. Ruim mesmo será o motor apagar durante uma ultrapassagem. E ainda sobre combustível, outra dica: ao contrário de alguns vinhos, que melhoram com o tempo, a gasolina (assim como o etanol) estraga quando fica velha, criando borras e resíduos danosos ao motor.
Enfim, a escolha da motocicleta como meio de transporte ou lazer demanda atenção. Livrar-se de congestionamentos, ocupar menor espaço em um mundo cada vez mais carente de lugar, economizar tempo, dinheiro e paciência exige atitude. O cuidado em relação à manutenção, como dissemos, resultará não apenas em economia como também em segurança, nossa e dos demais usuários das vias públicas. E, fora tudo isso, não há senso em gostar de motos e não cuidar bem delas, certo?
Roberto Agresti escreve sobre motocicletas há três décadas. Nesta coluna no G1, compartilha dicas sobre pilotagem, segurança e as tendências do universo das duas rodas.

sábado, 20 de abril de 2013

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Suzuki-Conceito V-Strom 1000 Caminho de volta


Depois de subir no telhado, saindo de linha, a grandalhona volta modernizada e com visual diferente, quadro de alumínio e recursos eletrônicos para longas viagens
Téo Mascarenhas
Estado Minas


Suzuki-Conceito V-Strom 1000

A Suzuki, representada no Brasil pela J. Toledo, vem perdendo mercado sistematicamente pela defasagem de seus modelos, gerada pela escassez de lançamentos. A própria rede de concessionárias sentiu o golpe e encolheu. Para tentar inverter o processo e recuperar o espaço perdido para a concorrência, prepara a renovação de sua linha com uma série de novos modelos já disponíveis em outras praças e os que ainda nem foram lançados oficialmente. Esse é o caso do novo modelo V-Strom 1000, completamente renovado, tanto na parte técnica quanto no visual, e apresentado ainda como conceito no fim do ano passado.

A Suzuki V-Strom 1000 já foi vendida no Brasil, mas subiu no telhado (ou descontinuada, como preferem pomposamente as montadoras), para reaparecer agora totalmente modernizada. Assim como a versão antiga, o novo modelo também vai desembarcar em nosso mercado, fazendo o caminho de volta, embora ainda sem data e preços definidos. A versão definitiva não vai diferir muito do modelo apresentado como conceito, mas praticamente pronto e acabado, inclusive com a possibilidade de incorporação de vários acessórios e malas para viagens, reforçando o caráter aventureiro do modelo, classificado como big trail.

Família A Suzuki V-Strom 1000 foi lançada mundialmente em 2002, equipada com motor de dois cilindros em V herdado da finada esportiva TL 1000. Dois anos depois, foi a vez da “irmã” menor V-Strom 650 também ser lançada mundialmente, para aportar oficialmente no Brasil em 2009, onde permanece em linha aguardando a volta da “irmã” maior. O interessante é que a Suzuki foi buscar inspiração no passado para lançar a nova V-Strom 1000. O desenho é baseado no modelo DR 750S de 1988, que curiosamente tinha um para-lamas dianteiro estilo bico de pato, ousado para a época e agora adotado por nove entre 10 big trails.



Bolsas laterais e a central são opcionais para os viajantes

A nova V-Strom 1000 não foge dessa linha. Adota o visual bico de pato com autoridade do pioneirismo da “antepassada”, mas suaviza as formas dentro das tendências atuais. Além disso, incorpora recursos da eletrônica embarcada para facilitar a pilotagem em condições adversas de quem não escolhe caminho para grandes viagens. O novo modelo conta com o controle de tração. No quesito segurança, os freios (duplo disco na dianteira), com o sistema antibloqueio ABS são de série. Para melhorar o conforto e a performance aerodinâmica em grandes jornadas, a bolha do para brisas e a altura do banco podem ser ajustadas às características do piloto.

Como a proposta da nova motocicleta é a versatilidade para rodar tanto nas cidades quanto nas estradas com qualquer tipo de piso, há uma série de acessórios à venda, como bolsas laterais de fácil encaixe para levar para o hotel, por exemplo, além de bolsa central, possibilidade de acoplamento de GPS etc. As rodas são de liga leve, apontando uma tendência mais estradeira do que fora de estrada pesado. A suspensão dianteira é do tipo invertida, enquanto a traseira é do tipo mono. Ambas plenamente ajustáveis para as condições de utilização e peso. O guidão conta com os protetores de mão e o motor com protetor inferior.

O motor continua com dois cilindros em V, injeção eletrônica e refrigeração líquida, mas foi completamente modernizado. O quadro também é outro, com dupla viga em alumínio. O painel mistura elementos analógicos (conta-giros), e tela digital. Além da nova V-Strom 1000, ainda sem data definida, a Suzuki vai lançar no mercado nacional a GW 250, também chamada de Inazuma (relâmpago em japonês); uma street com dois cilindros em linha e visual inspirado na gigante B-King 1300; a Gladius 650, lançada em 2008 com motor de dois cilindros em V a 90 graus, comercializada na Colômbia; uma pequena utilitária popular com motor um cilindro carburada com 113 cm³ baseada na AX4 110, também comercializada na Colômbia, e a GSR 750, com motor “amansado” de quatro cilindros em linha herdado da esportiva GSX-R 750.



O para-brisa e o banco são ajustáveis em altura

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Vai viajar de moto? Veja dicas de segurança e o que checar

 

Especialistas apontam precauções para realizar viagens mais seguras. Além de cuidados mecânicos, motociclista deve ter experiência.
Rafael Miotto
G1
Como na estrada as velocidades são maiores, é fundamental ter experiência para conduzir motos (Foto: Flavio Moraes/G1)
Apesar de representarem cerca de 20% da frota brasileira, segundo dados mais recentes do Departamento Nacional de trânsito (Denatran), as motocicletas foram responsáveis por 69% das solicitações do seguro DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) no primeiro semestre de 2012, de acordo com a Seguradora Líder, responsável pelo seguro. Com a chegada das festas de fim de ano e férias, e o aumento do movimento nas estradas, é preciso redobrar os cuidados.

Como a motocicleta deixa o usuário mais vulnerável, o G1 reuniu uma série de cuidados para aqueles que vão viajar. Como as velocidades nas rodovias costumam ser superiores às do perímetro urbano, não é recomendado a quem não tem muita experiência pegar a estrada nesta época. “Para se andar de moto em uma autoestrada deve-se ter mais conhecimento, sua condução necessita de mais atenção que a de um carro”, explica André Horta, analista de segurança viária do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi).

ANTES DE PEGAR ESTRADA

- Concentração


Devido à menor proteção que uma moto traz, é necessária extrema concentração para conduzi-la. “Evite pilotar se sentir cansaço, sonolência ou estiver sob efeito de medicamentos que possam causar algum efeito colateral”, explica Renato Matsuda, instrutor de pilotagem do Centro Educacional de Trânsito Honda. Lembre-se de que a mínima desatenção pode resultar em uma queda. Obviamente, “não é recomendado sair para uma balada e beber antes de viajar”, acrescenta Horta, do Cesvi.

- Estudar o destino e condições de tempo

Para evitar imprevistos, é sempre bom traçar o roteiro da viagem, reunindo informações sobre as condições do pavimento, o clima e se existem postos para alimentação e abastecimento no caminho. “É necessário também que o motociclista faça uma parada a cada 90 minutos para movimentar os músculos. Isso ajuda a evitar os efeitos da fadiga e da ação do vento”, segundo Matsuda. O roteiro também deve estar ligado ao tipo de moto utilizada; uma esportiva pode ter problemas em trecho com lama, por exemplo.



Motociclista pode fazer uma inspeção visual na moto, mas, ao verificar algo diferente, deve levá-la a um mecânico (Foto: Rafael Miotto/G1)

- Cuidados mecânicos

Alguns itens básicos como pneus, nível de óleo do motor, nível de fluído de freios e nível da água do radiador podem ser checados pelo próprio usuário, seguindo instruções do manual do proprietário. “É recomendada uma inspeção visual prévia e, caso note alguma anomalia o ideal é levar a moto a um mecânico especializado, o que dará mais segurança para a sua viagem”, explica Edson Esteves, professor do curso de engenharia mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

“Porém, se o veículo já não é novo ou seminovo, o ideal é levar diretamente ao especialista, para que faça uma verificação mais profunda”, acrescenta Esteves.



Só o capacete é obrigatório por lei, mas roupas, luvas e botas especializadas são importantes (Foto: Gustavo Epifanio/G1)

- Equipamentos de proteção

Além do tradicional capacete, que deve ter o prazo de validade sempre checado, outros equipamentos auxiliam a segurança do motociclista. “O capacete deve ser ajustado de maneira a não ficar frouxo e a viseira precisa estar limpa e sem riscos; deve-se andar com ela sempre fechada. Calças, jaquetas, luvas e botas também são indicadas”, explica Matsuda.

Apesar de a legislação brasileira só prever o uso obrigatório de capacetes, itens especiais para a proteção são vendidos em lojas para motociclistas. A capinha de chuva também é sempre bem-vinda. Roupas de cores mais vibrantes fazem o motociclista ser visto mais facilmente na estrada, ajudando a prevenir acidentes.



Linha de pipa pode ferir e até matar motociclistas (Foto: Reprodução/EPTV)

- Linha de pipa

Com a chegada das férias escolares, é possível notar o aumento de pipas nos céus e muitas com linhas de cerol. “Existem acessórios como as antenas de proteção, além de vestimentas que procuram anular o efeito da linha de pipa”, explica Horta.

Estas antenas são encontradas em lojas especializadas e custam de R$ 20 a R$ 70. Já os protetores de pescoço partem de R$ 50.

- Ajeitando a bagagem

Pode-se levar a bagagem da viagem em mochilas, fixadas no bagageiro ou dentro de malas específicas, presentes em algumas motocicletas. O ideal é não exagerar no peso – checar manual do proprietário sobre a carga máxima – e deixar os objetos bem fixos. É recomendado embalar o conteúdo da bagagem com sacos plásticos, para evitar que molhem com a chuva. O mesmo deve ser feito com documentos pessoais e os da moto.



Pneus em bom estado e calibrados garantem aderência (Foto: Rafael Munhoz/G1)

- Calibragem e estado dos pneus

Se em um carro a calibragem dos pneus já é importante, na moto ela é ainda mais imprescindível. “A calibragem errada dos pneus pode significar a perda de aderência ao solo”, explica Horta.

Ela pode influir na estabilidade da moto e diminuir seu poder de frenagem. “Se o pneu estiver muito murcho, pode até escapar da roda”, alerta o especialista em segurança veicular. “Um pneu careca também pode causar acidentes”, acrescenta o especialista em segurança.

- Kit de ´sobrevivência´

Caso necessite fazer algum reparo básico ou ajuste, como esticar a corrente, é bom ter em mãos um kit de ferramentas, com uma providencial lanterna, e até algumas peças pequenas, como fusíveis. “É importante levar ferramentas, fita isolante e chaves, assim o próprio motociclista pode consertar a moto, se tiver um pouco de conhecimento”, explica Esteves. “Câmara de ar, lâmpada de farol e da lanterna traseira também podem ser úteis”, completa Matsuda.

NA ESTRADA

- Acostamento


Segundo a Polícia Militar, “o uso do acostamento é exclusivo para emergências, que podem ser do carro, do motorista ou de algum ocupante”. Também é permitido parar no acostamento para ajudar alguém. Mas parar nessa faixa sem necessidade, além de gerar multa, pode resultar em acidente.

Se houver motivo para usar o acostamento, o polícia aconselha o motociclista a ligar o pisca-alerta da moto. “Caso o acostamento seja a única solução, o ideal e parar e sair da moto, indo para fora da estrada”, orienta Horta.



Neblina em SP (Foto: Léo Barrilari/Frame/AE)

- Chuva e neblina

Em condições de chuva, além da menor visibilidade, a aderência com o solo diminui e é possível ocorrer a aquaplanagem – momento no qual o pneu perde contato com o solo devido a camada de água.

“Em curvas, evite inclinar demasiadamente a moto e tome cuidado com as poças, pois podem esconder buracos e bueiros”, diz Matsuda. Caso a chuva esteja muito forte, o ideal é parar o veículo em local seguro; o mesmo vale para neblina forte.

“Mantenha uma distância de segurança e não confie na luz de freio do veículo da frente. Ela pode estar queimada”, explica o instrutor. Em caso de neblina, nunca usar o farol alto, pois este fará diminuir sua visão; o ideal é utilizar o farol baixo ou de neblina, se a moto tiver. Com piso molhado, também vale cuidado extra com as faixas da pista, que podem ficar mais escorregadias.

- Ultrapassagens

Como a moto possui uma aceleração, em sua maior parte, mais rápida que a dos carros, é necessário cuidado extra nos momentos de ultrapassagens para o motociclista ser notado. “Em alguns casos, o motorista simplesmente não vê o motociclista. Às vezes por estar em ponto cego ou simplesmente pela velocidade em que a moto está”, explica Horta. “Andar no corredor em alta velocidade pode ser muito perigoso”, acrescenta o analista do Cesvi.



Antes de ultrapassar, tenha certeza de estar sendo visto (Foto: Reprodução/EPTV)

Ficar colado na traseira de caminhões, como se vê em estradas também não é seguro, pois, se o caminhão frear, a moto pode não ter espaço suficiente para parar. Além de disso, essa posição deixa o motociclista com o campo de visão reduzido. “Para fazer ultrapassagens, sempre se deve utilizar a faixa da esquerda”, alerta o instrutor Matsuda.

- Pneu furado

Como as motos não têm estepe, a não ser algumas Vespinhas raras, um pneu furado não é uma notícia muito boa. “Uma solução pode ser usar reparadores de pneus para poder levar a moto até uma borracharia”, explica Esteves, da FEI. Caso não tenha em mãos este item, vendido em lojas especializadas, e não tenha como chamar socorro, é possível rodar alguns quilômetros com o pneu furado, desde que seja o da roda traseira da moto.

Para fazer isso, você tem de direcionar a maior parte do peso de seu corpo para o eixo dianteiro da moto. Isso vai fazer que o ar escape menos do pneu. “Mas só é recomendado em situações extremas”, observa Esteves.

- Faça-se ser visto

É importante sempre manter o farol de lanterna ligado, assim os outros motoristas enxergarão o motociclista mais facilmente.

Evite rodar em pontos-cegos de outros veículos e, vale reforçar, procure optar por roupas com cores vivas

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

KTM confirma duas novas motos com base na 390 Duke

 

CEO da marca disse que versões esportiva e aventureira serão lançadas. Modelo possui motor de um cilindro e 44 cavalos de potência.

G1
Rafael Miotto/G1
KTM 390 Duke
O CEO da KTM, Stefan Pierer, confirmou que a marca austríaca planeja lançar duas novas motos utilizando como base a 390 Duke, que foi apresentada no Salão de Milão. Segundo o executivo, existirá uma versão esportiva, com carenagens, e outra aventureira, que deve ter proposta de uso misto na terra e no asfalto. A informação foi revelada em entrevista a rede "CNBC" da Índia, onde a empresa tem aliança com a fabricante Bajaj.

Ainda não há informações sobre detalhes técnicos e possíveis datas de lançamento, além de não estar claro se os produtos serão lançados sob a logomarca da KTM ou da Bajaj. No entanto, de acordo com Pierer, os modelos terão o mesmo motor de motor monocilíndrico de 375 cm³, que é capaz de gerar 44 cavalos de potência. O chassi segue a base da 200, mas foi revisto para se adequar a potência extra; o câmbio é de seis marchas. Caso se torne realidade, uma possível 390 carenada se encaixaria na mesma categoria Kawasaki Ninja 300 e Honda CBR 250R, mas em um degrau acima.

Já a versão aventureira pode rivalizar com a recém-lançada Honda CB 500X. A 390 Duke possui como base em seu conjunto suspensões e freios, respectivamente, das “grifes” WP e Brembo; o sistema de frenagem possui ABS de série que pode ser desligado para pilotagem mais esportiva. Seu peso seco é de 139 kg e o tanque leva até 10,5 litros de combustível.

No Brasil

A marca segue com a operação indefinida no Brasil. O Grupo Izzo, que era o representante da marca no país, distribuiu um comunicado a seus clientes em outubro falando sobre “o fim de sua operação comercial”. A mesma empresa já foi parceira comercial de marcas como Harley-Davidson e Triumph, que também tiveram problemas nas transições para subsidiárias próprias. O G1 procurou a KTM para explicações sobre a situação no Brasil, mas não obteve resposta.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ural lança moto com remo de série por US$ 14.250

 

Empresa russa garante ser única do mundo a ter este item no pacote. Modelo foi inspirado em navios quebra-gelo e tem motor de 40 cavalos.

G1
Divulgação
Ural Yamal
A fabricante de motos russa Ural, conhecida por seus modelos clássicos, lançou nos Estados Unidos a Yamal. Restrita a apenas 50 unidades no país, a motocicleta possui side car para levar passageiro e vem com um remo de série. De acordo com a empresa, esta é a única moto no mundo a contar com este item no pacote. A motocicleta foi inspirada nos navios quebra-gelo e seu nome vem da Península de Yamal, na Rússia, que pode ser traduzido como "fim da Terra" - o nome é homônimo de um navio russo.

Segundo o bem-humorado comunicado de lançamento do veículo, o remo pode ser "uma ferramenta de defesa ou mesmo a última esperança de sobrevivência no gelo". Custando US$ 14.250 (equivalente a R$ 29.563,05), a Yamal possui motor bicilíndrico de refrigeração a ar no estilo boxer, com os pistões dispostos de maneira oposta na transversal, como ocorre na BMW R 1200 GS.

Com 749 cilindradas, o propulsor carburado rende 40 cavalos de potência a 5.600 rpm e 5,25 kgfm a 4.600 rpm. A empresa informa que a velocidade máxima recomendada é de 100 km/h.

Continuando a inspiração nos navios quebra-gelo, seu side-car lembra um pequeno barco, além de possuir grafismos similares ao do navio Yamal. A moto possui sistema de iluminação extra e estepe fixado na traseira do side car, mostrando sua aptidão desbravadora.

As rodas são raiadas e estão equipadas com pneus de uso misto. Duas bolhas, uma para o piloto e outra para o passageiro, fazem parte da Yamal.

Apesar do conjunto retrô, a moto possui disco de freios Brembo na dianteira, marca que é uma das principais fabricantes deste componente do mundo, enquanto as rodas traseiras utilizam o mais arcaico tambor; as suspensões são da Sachs.